Educação Infantil, pra que te quero?
A Educação
Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, é onde através da interação com
o outro, a criança tem o direito de brincar, imaginar, criar e socializar com o
seu próprio processo de ensino-aprendizagem; interligado ao processo global de
ensino-aprendizagem onde está inserida.
Sendo assim,
quando planejamos uma aula, uma unidade ou um projeto de ensino, estamos de
modo intrínseco no processo de ensino-aprendizagem de cada criança, trabalhando
de forma coletiva, mas principalmente, trabalhando com a individualidade e
singularidade, de cada sujeito.
Nesse
processo, a diversidade é garantida por uma rotina composta por atividades que
possibilitem às crianças na mediação entre professores, alunos e com a própria
rotina e comunidade escolar entre si, entre suas interlocuções sobre o processo
de ensino-aprendizagem, uma localização no tempo escolar e uma organização nas
condições necessárias para que o conhecimento possa acontecer de fato e se
consolidar.
É bom lembrar
que todos os conteúdos, pensamentos e reflexões, que serão aqui questionados e
analisados, deverão ser vistos, como um processo aberto e flexível para
enfrentar as questões do dia-a-dia dentro do espaço da escola de educação
infantil, buscando ensinar e aprender, de um modo contínuo e recíproco.
Quando falo
das questões do dia-a-dia dentro do espaço da escola de educação infantil,
penso em tratar um assunto específico, que atinge patamares cada vez mais
complexos. Tal assunto que só com a cumplicidade entre querer ensinar e se
permitir aprender, que conseguiremos buscar um modo contínuo e recíproco de
experiências, de socialização, de carinho, capaz de quebrar paradigmas, ranços,
que norteiam todo e qualquer ambiente escolar.
Numa sociedade
em transformação como a nossa, a educação intencional cresce de uma forma
crescente, em nossas escolas.
Vejo
necessário que os pais, mergulhados nesse país capitalista, acabam por deixar
para a escola a adaptação social dos seus filhos, por estarem sempre
trabalhando e estudando, na busca por uma vida melhor. Deixando assim, a escola
relegada, até mesmo com noções básicas de higiene, sexualidade e agressividade.
Por tanto,
começo assim, falando sobre uma dessas noções básicas relegada à escola,
chamada de “agressividade”. Todos nós sabemos que a agressividade, muitas
vezes, é sinal de inquietação, estranheza, rejeição de um sujeito com o outro.
E que, sendo assim, demonstra-se normal no processo de desenvolvimento do ser
humano. Mas infelizmente, às vezes, passa da normalidade para a anormalidade, e
passa assim, ser vista como um ato preocupante e desafiador para nós
professoras (es), que vemos a educação, como um processo socializador e
mediador de conflitos e soluções.
Então, como
intitulei meu texto didático como “Educação Infantil, pra que te quero?”,
explico que foi e é assim, que todos os dias vou, até minha escola de educação infantil,
pensando, pesquisando, questionando e analisando, meu querer estar, sentir e
interagir na educação infantil...
E foi assim,
com conflitos e soluções, que começo a lançar uma proposta de planejamento para
se trabalhar com a agressividade na educação infantil, onde convido você, a
fazer parte dessa nova etapa de ensino-aprendizagem, onde dedico um espaço
“Agressividade, pra que te quero?” onde você poderá deixar seus relatos,
experiências, textos, canções, de seus momentos com seus alunos ou de seus momentos de reflexão sobre o
assunto, que proporcionaram condições necessárias para que o conhecimento
acontecesse de fato e se consolidasse.
Como em minha escola de educação infantil temos uma coleção chamada Ciranda da Diversidade, http://www.lojacultural.com.br/magento/ onde em um dos livros, intitulado “Uma lição de carinho” a autora Márcia Honora http://www.marciahonora.com.br/diversidades.html trabalha com o tema da agressividade, veio através dessa obra literária, trazer algumas reflexões de como podemos desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para consigo e com os outros. Aceitando a si mesma e ao outro em suas diferenças e particularidades, tais como, temperamento, habilidades e conhecimentos.
Respeitando às
regras de convívio social, onde o (a) professor (a) assume o papel de
socializador (a) e apoio afetivo e emocional que planeja, organiza e participa
de um espaço favorável à ação, à experimentação e ao intercâmbio das crianças,
encorajando-as a tornarem-se, progressivamente autônomas e capazes de resolver
seus conflitos de forma independente e segura.
Em se tratando
das atividades de aprendizagem, penso em apresentar de maneira reflexiva,
previamente a narração da história, da seguinte forma:
·
Quais os momentos que damos e recebemos carinho
em nossa turma?
·
O que nos lembra a palavra carinho?
·
Através do toque no colega podemos transmitir
carinho?
Em seguida, a narração da
história: “Uma lição de carinho”. Onde ao término da história começa uma
conversa dirigida sobre a mesma com algumas indagações:
·
Sobre o que a história fala?
·
O que aconteceu primeiro?
·
E depois?
·
E por último?
·
O que a autora quis dizer com o título da
história?
Após, a conversa sobre a história, a professora entregará uma folha de
ofício para cada aluno (a) desenhar sobre o que mais chamou sua atenção na
mesma, utilizando canetinhas e lápis de cor, para exposição num varal em sala
de aula.
E para finalizar, a realização de um relaxamento, em duplas, onde os
alunos deitarão nos colchonetes de mãos dadas, para pensar em acontecimentos
bons que conseguimos através de carinho. Logo após, um (a) colega massageará o
(a) colega que estará deitado (a), de acordo com as orientações do (a)
professor (a), e depois trocarão de lugar, para todos, através do toque, sentir
o carinho do (a) colega.
Resumindo toda essa reflexão sobre agressividade na educação infantil,
defino nosso tempo e espaço escolar, como a base de qualquer aprendiz, que
chega em nossas escolas, com aquele olhar, muitas vezes, triste, inseguro e
desconfiado. Muitas vezes, esse contato sem os familiares, é o primeiro dentro
do nosso espaço escolar...tanta responsabilidade em nossas mãos...
Precisamos estabelecer vínculos afetivos, favorecendo sua adaptação
escolar, onde brincando desenvolverá atitudes e procedimentos que valorizem o
bem estar individual e coletivo.
Então, “Educação Infantil, pra que te quero?”, e eu respondo com todas
as letras...
Viver
e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar
a beleza de ser um eterno aprendiz
Eu
sei que a vida deveria
Ser
bem melhor e será
Mas
isto não impede que eu repita
É
bonita, é bonita, e é bonita.
Gonzaguinha
CONVITE:
Convido aos colegas professoras/es a postar nos comentários o relato de suas práticas para que possamos criar um espaço de troca de vivências deste assunto cada dia mais comum em nossas salas de aula - a agressividade!
Abraços
Grazi
Obras inspiradoras:
CRAIDY,
Carmem Maria e KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva. Educação Infantil
Pra que te quero? - Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
HONORA,
Márcia. Uma lição de carinho. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009 (Ciranda da
Diversidade)
Referencias utilizadas:
https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi
http://www.youtube.com/watch?v=XsH9-T0RH4o
http://www.youtube.com/watch?v=uwDRty6NT6g
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fAjQ7eS-_eo
Referencias utilizadas:
https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi
http://www.youtube.com/watch?v=XsH9-T0RH4o
http://www.youtube.com/watch?v=uwDRty6NT6g
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fAjQ7eS-_eo